Cartas Amorosas de Deus

Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus. 1 João 3:1.


Quando minha mãe morou conosco por alguns meses, sempre procurei encontrar algo para animá-la, e começamos a atentar para as “cartas de amor de Deus” – contar as bênçãos. Andando no parque, vimos uma família de patos nadando, quando os filhotes ainda eram bolinhas fofas. Vimos uma cobra subindo lenta e sinuosamente por um tronco de árvore, e chegamos a notar um esquilo preto – algo incomum em nossa região. Outras vezes, observamos os narcisos espalhados pelo bosque ou tentamos contar os peixinhos na corrente, antes de se ocultarem sob uma pedra escorregadia. Nossa atividade preferida era procurar ninhos de pássaros, de modo a podermos espiar a família sem perturbá-la.

Hoje, decidi tomar o desjejum diante das janelas da sala de jantar, que mostram uma vista panorâmica do quintal e da horta do meu esposo. Enquanto comia, abri o coração a Deus. Senhor, preciso de algumas cartas de amor, e por elas Te louvarei.

Ele me mandou as cartas, compartilhando aquela vida abundante que eu tanto anelava. Primeiro, ali estava um beija-flor, dançando junto à casinha de alimentar aves, com as penas iridescentes à luz do Sol, os olhinhos brilhando de vivacidade. As pombas bicavam as sementes que haviam caído da bandeja da casinha de aves. Então, três sabiás e uma maritaca desfilaram entre os pés de tomate, um deles vigorosamente ajeitando as penas após um mergulho no tanque. Um papo-roxo tirou seu desjejum de sob a palha que cobria a raiz de um arbusto recém-plantado, engoliu-o e saiu saltitando. Um esquilo se satisfez com sementes de cantalupo. Cardeais perseguiam um ao outro pelo quintal enquanto um pintassilgo aguardava sua vez junto à margarida amarela. Três borboletas trabalhavam ativamente num arbusto. Que opulência! Tantas cores extravagantes nos quatro tipos diferentes de pimenteiras! Vi cravos para espantar as formigas, abóboras amarelas e verdes, zínias nas cores do arco-íris, aveludadas ipomeias rosas e azuis e três morangas cor de laranja de bom tamanho, crescendo misteriosamente sobre a cerca da horta.

Deus é tão bom! Ele disse: “Bom-dia, filha. Venha ver o que achei no seu quintal e na horta!” Eu respondi: “Quão grande és Tu!” e comecei meu dia. Que as cartas de amor cheguem para você com abundância hoje!

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