Farhang Sefidvash
      Globalização é uma palavra entendida por muitas pessoas nos países do terceiro mundo como uma
      espécie de estratégia política de algumas nações industriais para explorar os países pobres em
      desenvolvimento. Com esta constatação pode-se observar que, pelas conseqüências atuais, os ricos
      estão ficando cada vez mais ricos e os pobres mais pobres. Por este motivo o verdadeiro conceito de
      globalização e os problemas associados a ele devem ser melhor entendidos.
      A humanidade, ao passar por um processo de evolução, cresceu de uma existência de simples famílias
      para formar tribos. Estas passaram a se unir em cidades- estados e nações, e agora o mundo chegou
      a uma condição que se conhece como "aldeia global", na qual todas as nações e povos do mundo se
      tornaram altamente interdependentes. O fenômeno da globalização é, portanto, resultado de um
      processo natural de evolução, e a chegada a uma total interdependência foi o próprio destino da
      humanidade. Não é uma invenção de alguma nação em particular.
      O problema que muitos associam ao conceito de globalização reside no abuso cometido por um grupo
      de nações poderosas que se aproveitam das vantagens desta nova realidade em seu próprio e
      egoístico benefício, causando prejuízo a outras. Nós estamos vivendo num novo mundo, dentro de
      uma nova realidade, enquanto muitos ainda pensam e se comportam com paradigmas superados.
      Estes procuram aplicar soluções estribadas em visões limitadas e nacionalistas num mundo que exige
      uma visão global.
      Por exemplo, nós tratamos de aplicar o velho conceito de "competição" no progresso dentro de um
      mundo com uma nova realidade, na qual somente a "cooperação" pode assegurar a prosperidade das
      nações. Com esta visão acontece que as nações industriais, enquanto competem entre si, são ao
      mesmo tempo clientes umas das outras. A destruição econômica de qualquer nação é uma perda de
      mercado e por esta razão é necessária a cooperação para evitar a destruição econômica dela. Todas
      deverão ser aliadas entre si
      para se prevenir contra ideologias divergentes. As nações ricas não poderão suportar alguma pobreza
      absoluta de alguma outra nação, já que a tranqüilidade internacional depende de uma certo nível de
      bem-estar de todo o resto da humanidade.
      O problema do mundo, portanto, não está na globalização em si, mas em não saber como viver dentro
      desta nova realidade. Ao contrário, a globalização que está surgindo dentro do rápido
      desenvolvimento dos sistemas de comunicação e transportes, deve ser considerada uma maravilhosa
      oportunidade para que os povos do mundo possam se unir e harmonizar seus interesses para assim se
      beneficiar de melhor maneira com os recursos materiais e culturais do mundo todo.
      A governança global pode ser definido como a soma de todas as maneiras pelas quais todos os
      indivíduos e instituições, públicas ou particulares, administram seus interesses. É um processo
      contínuo pelo qual interesses conflitantes ou divergentes podem ser solucionados e assim adotar uma
      ação cooperativa. A governança global envolve tanto organizações não-governamentais, como as
      governamentais, movimentos de cidadania, corporações multinacionais e o mercado global de capital.
      Interagindo com todos eles encontram-se os meios de comunicação globais.
      O Núcleo de Pesquisa sobre Governança Global (RCGG) está à procura de soluções duradouras para os
      problemas que surgem com a globalização. Ele está providenciando um Acervo de Pensamentos para
      todos os pensadores do mundo, para que estes contribuam com os seus pensamentos e idéias
      motivadas pelos seus variados princípios políticos, religiosos ou ideológicos.
                                     CAP 2 <<< >>> CAP 4
http://www.rcgg.ufrgs.br/cap3.htm
2002-02-24
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