Gratidão

“Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós,” (Filipenses 1:3)




Uma das coisas que nunca me esqueço na faculdade de teologia conta Mário Fernandez era o professor de grego dizendo “quando a Bíblia diz tudo significa, pasmem, TUDO”. Tudo indica sem excessão, sem deixar nada de fora. Não há o que interpretar, não há margem de erro. É simplesmente tudo, daquilo que está sendo dito.



Meditemos então no seguinte: Paulo disse aos irmãos em Filipos que dava graças a Deus por TUDO que se lembrava deles. Tudo bem que Paulo era certamente muito generoso com seus discípulos, mas temos de concordar que ser grato por todas as memórias é um desafio muito além das possibilidades da maioria de nós. É claro, isso pensando em termos naturais e dentro de uma realidade que conhecemos de igreja, de relacionamentos e de ministérios. Mas Paulo, que por um lado era excepcional, por outro lado também não era filho de cristão, não se converteu jovem e não teve Jesus como seu mestre, tendo de aprender de outros.



Meu querido, eu e você precisamos aprender com Paulo neste ensino. Devemos ter gratidão a Deus pelas boas memórias por que elas nos trazem esperança e nos alegram. Mas também precisamos ser gratos pelas lembranças menos nobres, tristes e amargas, pois nelas somos aperfeiçoados e ficamos alertas para os erros que cometemos. Isso é maturidade.



Por outro lado, como irmãos em fé, cabe a nós fazer com que nossos líderes tenham de nós as melhores recordações possíveis, sempre dando graças a Deus a nosso respeito – sem esforço ou dificuldade. Acertar é mais difícil que errar, assim como fazer bem feito dá mais trabalho que fazer de qualquer jeito. Mas não podemos ser egoístas nem imediatistas. Olhemos para o alvo a ser alcançado. Pensemos que, no Reino de Deus, as coisas são invertidas e o que parece que não compensa é o que mais recompensa. Vamos semear boas memórias aos nossos líderes e cultivar gratidão pelas recordações de nossos liderados.



“Senhor, alegra-me ter recordações daqueles que o Senhor me confiou. Quero aprender a semear alegria e gratidão na memória dos meus líderes.”

Pequeno Grupo dia 30/08/2010

Apresentação do boneco Didico

Lição da Escola Sabatina - Redenção para judeus e gentios

Como está escrito: Amei Jacó, porém Me aborreci de Esaú. ... Pois Ele diz a Moisés: Terei misericórdia ... compadecer-Me-ei de quem Me aprouver ter compaixão” (Rm 9:13, 15).




De que Paulo está falando neste verso? Seria sobre a vontade humana livre e a liberdade de escolha, sem a qual muito pouco do que cremos faz sentido? Não somos livres para escolher ou rejeitar Deus, ou estes versos ensinam que certas pessoas são eleitas para ser salvas e outras para se perder, independentemente de suas escolhas pessoais?



Como sempre, a resposta é encontrada examinando-se o quadro maior do que Paulo está dizendo. Paulo segue uma linha de argumento em que tenta mostrar o direito que Deus tem de escolher aqueles a quem Ele usará como Seus “eleitos”. Afinal, é Deus que toma a responsabilidade maior de evangelizar o mundo. Então, por que Ele não pode escolher como Seus agentes aqueles que Ele quiser? Tendo em conta que Deus não tira de ninguém a oportunidade de salvação, essa ação da parte de Deus não é contrária aos princípios do livre-arbítrio. Ainda mais importante, não é contrária à grande verdade de que Cristo morreu por todos os seres humanos, e Seu desejo é de que todos tenham a salvação.



Se nos lembrarmos de que Romanos 9 não está lidando com a salvação pessoal daqueles que Ele chama, mas com Seu chamado para fazer um trabalho específico, o capítulo não apresentará nenhuma dificuldade.



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Domingo Ano Bíblico: Ez 4–7



A preocupação de Paulo



Vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas” (Êx 19:6).



Deus precisava de um povo missionário para evangelizar o mundo mergulhado no paganismo, escuridão e idolatria. Ele escolheu os israelitas e Se revelou a eles. Planejou que eles se tornassem uma nação modelo e, assim, atraíssem outras nações para o verdadeiro Deus. Era Seu propósito que a revelação de Seu caráter por intermédio de Israel fosse meio pelo qual o mundo fosse atraído a Ele. Pelo ensino do serviço sacrifical, Cristo deveria ser levantado diante das nações, e todos os que olhassem para Ele viveriam. Com o crescimento do número dos israelitas, com o crescimento de suas bênçãos, eles deveriam aumentar suas fronteiras até que Seu reino alcançasse o mundo.



1. Que diz Paulo sobre a fidelidade de Deus em meio aos fracassos humanos? Rm 9:1-12



Paulo estava construindo uma linha de argumento mostrando que a promessa feita a Israel não falhara completamente. Havia um remanescente por meio de quem Deus ainda procurava trabalhar. A fim de demonstrar a validade da ideia do remanescente, Paulo volta à história israelita. Ele mostra que Deus sempre foi seletivo: (1) Deus não escolheu toda a semente de Abraão para ser Sua aliança, só a linhagem de Isaque. (2) Ele não escolheu todos os descendentes de Isaque, mas só os de Jacó.



Também é importante ver que a herança, ou linhagem, não garante a salvação. Você pode provir do sangue certo, da família certa, até da igreja certa, e ainda estar perdido; ainda estar fora das promessas. É a fé, fé que opera por amor, que revela os que são “filhos da promessa” (Rm 9:8).



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Segunda Ano Bíblico: Ez 8–10



Eleitos



Já fora dito a ela [Rebeca]: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém Me aborreci de Esaú” (Rm 9:12, 13).



Como a introdução desta semana esclareceu, é impossível entender corretamente Romanos 9 até reconhecer que Paulo não está falando da salvação individual. Aqui, ele está falando dos papéis específicos que Deus estava chamando certos indivíduos a desempenhar. Deus quis que Jacó fosse o progenitor do povo que seria Seu agente evangelizador especial no mundo. Nesta passagem, não existe nenhuma indicação de que Esaú não poderia ser salvo. Deus queria que ele fosse salvo tanto quanto deseja que todos os homens o sejam.



2. No contexto do que lemos, como devemos entender que Deus tem misericórdia e Se compadece de quem Ele quer? Rm 9:14, 15



Novamente, Paulo não está falando de salvação individual, porque, nesse assunto, Deus estende a misericórdia a todos, pois Ele “deseja que todos os homens sejam salvos” (1Tm 2:4). “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens” (Tt 2:11). Mas Deus pode escolher as nações para desempenhar uma função e, embora elas possam se recusar a fazer isso, não podem evitar a escolha de Deus. Por mais que Esaú desejasse, ele não poderia ter se tornado antepassado do Messias nem do povo escolhido.



Finalmente, essa não foi uma escolha arbitrária por parte de Deus, esse não foi um decreto divino, pelo qual Esaú foi impedido de obter a salvação. Os dons de Sua graça por meio de Cristo são livres a todos. Todos fomos eleitos para ser salvos, não perdidos (Ef 1:4, 5; 2Pe 1:10). São as nossas próprias escolhas, não as de Deus, que nos afastam da promessa da vida eterna em Cristo. Jesus morreu por todos os seres humanos. Mas Deus deixou em Sua Palavra as condições pelas quais todos serão eleitos para a vida eterna: fé em Cristo, que leva o pecador justificado à obediência.



Você, você mesmo, como se não existisse ninguém mais, foi escolhido em Cristo mesmo antes da fundação do mundo, para ter a salvação. Este é seu chamado, sua eleição, tudo oferecido a você por ¬Deus, pelo sangue de ¬Jesus. Que privilégio, que esperança! Consideradas todas as coisas, por que tudo mais perde a importância em comparação com essa grande promessa? Por que seria a maior de todas as tragédias deixar que o pecado, o eu e a carne o afastassem de tudo o que lhe foi prometido em Jesus?



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Terça Ano Bíblico: Ez 11–13



Mistérios



Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os Meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a Terra, assim são os Meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os Meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8, 9).



3. Diante do que lemos até agora, como podemos entender a argumentação de Paulo sobre o trato de Deus com o Faraó? Rm 9:17-24. A quem se refere Paulo ao mencionar “vasos para honra” e “outros para desonra”?

Em Seu trato com o Egito por ocasião do Êxodo, Deus estava trabalhando para a salvação da humanidade. A revelação que Deus fez de Si mesmo nas pragas do Egito e na libertação de Seu povo destinavam-se a revelar aos egípcios, bem como às outras nações, que o Deus de Israel era realmente o Deus verdadeiro. Devia ser um convite aos povos das nações para que abandonassem seus deuses e viessem e O adorassem.



Obviamente, Faraó já havia feito sua escolha contra Deus, de forma que, ao Deus endurecer seu coração, não lhe estava recusando a oportunidade de salvação.



O endurecimento foi contra o chamado para deixar Israel ir, não contra o apelo de Deus para que Faraó aceitasse a salvação pessoal. Cristo morreu por Faraó, assim como por Moisés, Arão e o restante dos filhos de Israel.



O ponto crucial em tudo isso é que, sendo seres caídos, temos uma visão muito estreita do mundo, da realidade e de Deus e de como Ele opera no mundo. Como podemos esperar entender todos os caminhos de Deus quando o mundo natural, em todos os lugares para onde nos voltamos, apresenta mistérios que não podemos entender? Afinal, foi só 150 ou 200 anos atrás que os médicos aprenderam que podia ser uma boa ideia lavar as mãos antes de executar uma cirurgia! Era mergulhados nessa ignorância que vivíamos. E quem sabe, se o tempo perdurar, que outras coisas descobriremos no futuro, revelando quão mergulhados na ignorância estamos hoje?



Certo, nem sempre entendemos os caminhos de Deus, mas Jesus veio para nos revelar como é Deus (Jo 14:9). Então, por que, entre todos mistérios e eventos inesperados da vida, é tão importante meditarmos no caráter de Cristo e no que Ele nos revelou sobre Deus e Seu amor por nós? Como o conhecimento do caráter de Deus pode nos ajudar a permanecer fiéis em meio a provas que parecem injustificadas e injustas?



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Quarta Ano Bíblico: Ez 14–17



Ammi: “Meu Povo”



Em Romanos 9:25, Paulo cita Oseias 2:23 e, no verso 26 ele cita Oseias 1:10. O contexto é que Deus instruiu Oseias a tomar “uma mulher de prostituições” (Os 1:2) como ilustração da relação de Deus para com Israel, porque a nação havia seguido deuses estranhos. Os filhos nascidos desse casamento receberam nomes que significavam rejeição e castigo de Deus sobre o Israel idólatra. A terceira criança foi chamada de Loammi (Os 1:9), que significava, literalmente, “não meu povo”.



Mas, em meio a tudo isso, Oseias predisse que viria o dia em que, depois de castigar Seu povo, Deus restabeleceria sua fortuna, removeria seus deuses falsos e faria uma aliança com Israel (Veja Os 2:11-19). Nesse momento, aqueles que eram Loammi, “não meu povo”, se tornariam Ammi, “meu povo”.



Nos dias de Paulo, disse ele, Ammi “somos nós... não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9:24). Que apresentação clara e poderosa do evangelho, que desde o começo foi planejado para o mundo inteiro! Não nos devemos admirar de que tiramos parte de nosso chamado deste verso: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a Terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap 14:6). Hoje, como nos dias de Paulo, e como nos dias do antigo Israel, as boas-novas de salvação precisam ser levadas a todo o mundo.



4. Por que disse Paulo que só o remanescente seria salvo? Rm 9:25-29

O fato de que alguns dos patrícios de Paulo rejeitavam o apelo do evangelho trazia “grande tristeza e incessante dor” a seu coração (Rm 9:2). Mas, pelo menos, havia um remanescente. As promessas de Deus não falham, mesmo quando a humanidade falha. A esperança que podemos ter é que, no fim, as promessas de Deus se cumprirão e, se reivindicarmos essas promessas para nós mesmos, elas se cumprirão também em nós.



Quantas vezes as pessoas falharam com você? Quantas vezes você falhou consigo mesmo e com os outros? Provavelmente, mais vezes do que você pode contar, certo? Que lições você pode aprender desses fracassos? Onde deve estar sua maior confiança?



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Quinta Ano Bíblico: Ez 18–20



Tropeçando



Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. Por quê? Porque não decorreu da fé” (Rm 9:30-32).



5. Como podemos tomar essa mensagem, de Romanos 9:30-32, escrita em certo tempo e lugar, e aplicar os princípios a nós mesmos, hoje? Como podemos, em nosso contexto, evitar os mesmos enganos que alguns israelitas cometeram em seu tempo?

Em palavras que não podem ser mal-interpretadas, Paulo explicou a seus compatriotas por que eles estavam perdendo algo que Deus desejava que eles tivessem e, mais que isso, em algo que eles realmente estavam procurando, mas não alcançavam.



Curiosamente, os gentios a quem Deus havia aceitado não haviam se esforçado para obter essa aceitação. Estavam buscando seus próprios interesses e objetivos quando a mensagem do evangelho veio até eles. Percebendo seu valor, eles a aceitaram. Deus os declarou justos porque aceitaram Jesus Cristo como seu substituto. Era uma transação de fé.



O problema com os israelitas era que eles tropeçavam na pedra de tropeço (veja Rm 9:33). Alguns, não todos (veja At 2:41), se recusaram a aceitar Jesus de Nazaré como o Messias a quem Deus enviara. Ele não preenchia suas expectativas sobre o Messias; consequentemente, quando Ele veio, eles Lhe viraram as costas.



Antes de terminar esse capítulo, Paulo cita outro texto do Antigo Testamento: “Como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido” (Rm 9:33). Nesta passagem, Paulo mostra, novamente, quão importante é a fé verdadeira no plano de salvação (veja também 1Pe 2:6-8). Rocha de ofensa? E quem nela crê não será confundido? Sim, para muitos, Jesus é uma pedra no caminho, mas para os que O conhecem e O amam, Ele é outro tipo de pedra, “a rocha da minha salvação” (Sl 89:26).



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Sexta Ano Bíblico: Ez 21–23



Estudo adicional



Leia Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 261, 262: “Progressos na Inglaterra”.



Há uma eleição de indivíduos e de um povo. A única eleição encontrada na Palavra de Deus, em que alguém é escolhido para a salvação. Muitos têm olhado para o fim, pensando terem sido certamente eleitos para a glória celestial; mas não é esta a eleição que a Bíblia revela. As pessoas são escolhidas para efetuar sua salvação com temor e tremor. São escolhidas para envergar a armadura, para pelejar a boa peleja da fé. São escolhidos para usar os meios que Deus colocou ao seu alcance para lutar contra todo desejo profano, enquanto Satanás executa o jogo da vida pela sua destruição. São escolhidos para vigiar em oração, para examinar as Escrituras, e evitar entrar em tentação. São eleitos para ter fé continuamente, eleitos para ser obedientes a cada palavra que procede da boca de Deus, para que não sejam apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra. Essa é a eleição bíblica” (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 453, 454).



“Nenhum espírito finito pode compreender completamente o caráter ou as obras do Ser infinito. Pelas nossas pesquisas, não podemos encontrar Deus. Para os espíritos mais fortes e mais altamente educados, assim como para os mais fracos e ignorantes, aquele Ente santo deverá permanecer revestido de mistério. Mas conquanto ‘nuvens e obscuridade [estejam] ao redor dEle, justiça e juízo são a base do Seu trono’ (Sl 97:2). Podemos compreender Seu trato para conosco a ponto de discernir a misericórdia ilimitada unida ao infinito poder. É-nos dado compreender tanto de Seus propósitos quanto somos capazes de abranger; para além disto podemos ainda confiar naquela mão que é onipotente, naquele coração repleto de amor” (Ellen G. White, Educação, p. 169).



Perguntas para consideração



1. Certos cristãos ensinam que, mesmo antes de nascermos, Deus escolhe alguns para ser salvos e alguns para se perder. Se, por acaso, você tivesse sido um daqueles que Deus, em Seu infinito amor e sabedoria, houvesse preordenado para se perder, não importando que escolhas você fizesse, você estaria condenado à perdição, o que muitos acreditam que significa estar nas chamas do inferno por toda a eternidade. Em outras palavras, independentemente das nossas próprias escolhas, unicamente pela providência de Deus, alguns seriam predestinados a viver sem uma relação de salvação com Jesus nesta vida, só para passar a próxima vida em chamas para sempre nos fogos do inferno. O que está errado com esse quadro? Como essa posição contradiz nossa compreensão desses mesmos assuntos?



2. Como você vê a Igreja Adventista do Sétimo Dia e seu chamado no mundo de hoje, se comparada com o papel do antigo Israel em seus dias? Quais são as semelhanças e as diferenças? Como estamos fazendo melhor? Ou estamos fazendo pior? Justifique sua resposta.



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A Lição em resumo



Texto-chave: Romanos 9:21



O ALUNO DEVERÁ...



Reconhecer: A justiça de Deus em escolher como e por quem Ele cumpre Sua vontade.

Sentir: A amplitude e abrangência da justiça de um Deus que, por meios conhecidos e misteriosos, trabalha para oferecer a salvação a todos.

Fazer: Decidir fazer parte do remanescente confiante, obediente, a quem Deus pode usar para cumprir Seus propósitos.



Esboço do aprendizado



I. Saber: Trabalhando com as escolhas de Deus

A. Embora Deus haja escolhido cumprir Seu plano de salvação por meio de Israel, o plano não funcionou como Ele originalmente pretendia. Quais foram as consequências das decisões de Israel de depender da sua própria justiça e não da divina?

B. Qual era o plano original de Deus para Israel, e por que a nação falhou em executá-lo?



II. Sentir: O grande quadro

A. Embora nem sempre possamos entender o grande quadro de como Deus trabalha, o que nos dá confiança em cada detalhe da ação de Deus que Ele é justo e compassivo?



III. Fazer: Vasos dos atos de Deus

A. Em qualquer tipo de vasos que Deus escolher nos tornar, cabe a nós permitir, pela fé, que Ele faça de nós filhos e filhas justos e nos use em Sua obra como Lhe agradar. Quais são alguns dos métodos de Deus, o Oleiro Mestre, para nos transformar em vasos para Sua obra?

B. Como remanescentes de Deus, que enganos dos filhos de Israel precisamos evitar?

C. Como nossa história pode ser diferente da história de Israel como povo remanescente de Deus?



Resumo: Se somos filhos da promessa, não podemos descansar em qualquer mérito próprio. Devemos aceitar, pela fé, as providências de Deus para nossa salvação e cooperar com Ele em Seus planos.



Ciclo do aprendizado



Motivação

Conceito-chave para o crescimento espiritual: Deus oferece a redenção a todos, não importando raça, casta, origem étnica, cor ou gênero.



Obviamente, havia algumas tensões étnicas na igreja romana – o que não assusta, pois estava na capital que se tornara o caldeirão racial do império. Sem dúvida, a igreja refletia a diversidade da população em geral. Mas o confronto mais importante era entre a população judia e outros povos (“nações”, “gentios”). Como ocorre frequentemente, surgem tensões entre diferentes grupos étnicos e nacionais.



Atividade: Se você tomar uma jarra com a água e acrescentar anilina nas seguintes combinações: (1) vermelho e azul, (2) amarelo e azul, (3) amarelo e vermelho, será possível ainda ver o vermelho, amarelo, ou azul? Claro, agora vamos ver roxo, verde e laranja. A lição é que quando a igreja se mistura perfeitamente, não vemos “nós” e “eles”, porque, em Cristo, nos tornamos algo totalmente diferente – uma nova humanidade.



Comente: Que passos deveriam ser tomados para alcançar a meta da unidade?



Compreensão

Só para os professores: Ao tratar do problema do exclusivismo, Paulo primeiro estabelece (Romanos 1–3) que não há lugar para jactância, porque todos estão igualmente perdidos. Se estamos todos destinados à destruição, existe pouca motivação para discutir sobre direitos de precedência. Mas Paulo quer que saibamos que Deus tem um plano de salvação disponível a todos os povos. Então, seu segundo ataque contra o exclusivismo se baseia nessa disponibilidade universal. Não haja lugar para jactância porque somos todos igualmente redimidos pela mesma misericórdia de Deus que não mostra parcialidade (Romanos 4–8). Como acontece com os dons espirituais, Deus escolhe algumas pessoas para várias funções de serviço em Seu plano de redenção. Porém, o fato de termos recebido o dom não é ocasião para jactância, mas uma oportunidade para humildade, expressa através do serviço a outros.



Comentário bíblico



I. Eleitos

(Recapitule com a classe Rm 9:1-15.)



Nas sociedades democráticas, ligamos automaticamente o termo eleição com votação. Nos assuntos divinos, só um voto conta – o de Deus. Suas escolhas não estão sujeitas à alteração humana. Quando os seres humanos tentam frustrar os propósitos de Deus, Ele nunca perde; só os seres humanos desobedientes perdem. Então, quando Ele escolheu salvar nosso mundo, o resultado nunca esteve em dúvida. Os que tentam frustrar esse propósito são os únicos perdedores.



Alguns têm dificuldade em compreender a escolha soberana de Deus. Consideram essa uma interferência com a liberdade humana. No entanto, a Bíblia é clara (veja Rm 8:28-30) que a predestinação bíblica está de acordo com a presciência de Deus.



“Deus pode ver antecipadamente todas as decisões individuais que serão tomadas, mas, em Sua presciência Ele não determina quais devem ser essas escolhas. ... A predestinação bíblica consiste no efetivo propósito de Deus, de que todos aqueles que crerem em Cristo sejam salvos (Jo 1:12; Ef 1:4-10). ... Mas o conhecimento divino a respeito do que os homens irão fazer não interfere mais com suas decisões efetivas do que o conhecimento que um historiador possui dos atos passados das pessoas interfere com aquilo que elas fizeram.

“Da mesma forma como uma câmera fotográfica registra as cenas, mas não interfere nelas, o conhecimento antecipado de Deus penetra o futuro sem alterá-lo” (Nisto Cremos, p. 39, 40).



Além disso, quando Deus decide executar Seu propósito divino, a decisão não está sujeita à consideração humana. Deus escolheu Moisés, não Coré; Davi, não Jônatas; Jacó, não Esaú. O efeito dessas escolhas deve ter sido mais óbvio para os judeus: Se o plano da redenção estava somente nas mãos de Deus, quem eram eles, meros seres humanos, para excluir os gentios do reino? Deus é livre para escolher a quem deseje, e Ele desejou que todos, inclusive os gentios, fossem salvos (1Tm 2:4). O raciocínio de Pedro em Atos 10 para pregar aos gentios foi essencialmente o mesmo: Se o ministério a esse grupo foi divinamente confirmado, como podemos lutar contra a vontade de Deus? Paulo reforça o argumento com citações de Oseias e Isaías, indicando que Deus havia trazido os gentios para Sua família (Rm 9:25-29).



Uma curiosa divergência de interpretação quanto a essas passagens levou a abordagens extensamente divergentes quanto ao evangelismo. Alguns sugerem que Deus escolheu arbitrariamente alguns para se perderem e outros para se salvarem. Desse modo, eles questionam por que deveriam ser feitos esforços para alcançar os perdidos. Se foi tudo predeterminado, qual é o proveito? No entanto, os que entendem que Deus convidou todos os povos que não estavam previamente incluídos têm sido forçados a suportar dificuldades e até martírio no afã de espalhar o evangelho. Perante a cruz, todos os seres humanos – não importando raça, casta, status ou origem étnica – são iguais. É importantíssimo que nenhum cristão se esqueça desse ponto.



Pense nisto: Como a aceitação da mensagem de Paulo contribui para a harmonia racial dentro da igreja? Que armadilhas que impediriam o fervor evangelístico aguardam a igreja? Como a mensagem de Paulo pode nos proteger contra a tentação de assumir uma posição de superioridade entre os fiéis? Como nossa segurança espiritual é comprometida quando deixamos de colocar os dons espirituais de Deus no evangelismo e serviço?



Aplicação

Só para os professores: Que notícia gloriosa fomos comissionados a dar: aqueles que antes não eram povo de Deus, agora são! Celebramos adoção, cidadania adquirida e outros sinais de pertinência. Que estamos fazendo com a maior experiência de inclusão – estendendo o convite aos outros para se unirem à família de Deus? Que passos práticos estamos dando para nos assegurar de que todos os grupos de pessoas em nossa comunidade tenham a oportunidade de se aquecer à luz divina de Romanos 9?



Atividade: Faça uma lista de todos os grupos populacionais em sua comunidade. Faça isso em uma coluna vertical, abrindo espaço à direita da lista para anotações adicionais. Depois de compilar a lista, comente cada grupo, anotando no espaço em branco o que a igreja está fazendo para alcançar cada grupo. Seja específico. Alguns grupos estão sendo esquecidos ou abandonados? Desenvolva ideias para alcançá-los. Que sabemos sobre suas necessidades, cultura, idioma, história, experiência nacional? O que nossa classe pode fazer para alcançar pelo menos um grupo além de nossa própria origem étnica ou cultural?



Perguntas de aplicação

1. Que informações devo recolher sobre outros grupos de pessoas a fim de ser instrumento eficaz nas mãos de Deus para partilhar o evangelho?

2. Com que dons espirituais e habilidades naturais Deus abençoou minha classe para libertar os perdidos?

3. Por que certos grupos de nossa comunidade têm sido omitidos?

4. Como nossa igreja pode cultivar a semente do testemunho cristão?



Criatividade

Só para os professores: Pesquise alguma publicação adequada para dar a mensagem do evangelho a um dos grupos mencionados acima. Existe um componente cognitivo na conversão, e por isso você deve ter cuidado para achar a melhor literatura ou material de estudo disponível para seu esforço. Em um assalto militar, os planejadores da invasão avaliam que armas são necessárias para vencer os obstáculos entre a força invasora e o objetivo. Essa avaliação não é a mesma para todos os casos. Da mesma forma, os cristãos devem planejar cuidadosamente as melhores ferramentas, mais adequadas a essa invasão do território de Satanás.



Atividade: Discuta métodos que sua classe porá em prática para essa invasão do reino de Satanás. Desenvolva um cronograma. Por exemplo: Se o objetivo proposto for a escola de ensino médio local. Primeiro mês: Ponha uma barraca no campus durante o Dia de Recursos da Comunidade a fim de convidar os estudantes a participar do grupo de dramatização de sua igreja, clube ciclístico, time de futsal, etc. Segundo mês: patrocine a doação de periódicos de temperança para a biblioteca. Terceiro mês: Patrocine o sorteio de CD’s sacros em algum evento esportivo (música cristã contemporânea com a qual os estudantes se relacionem, evidentemente).

Pequeno Grupo

Incio do pequeno Grupo no dia 24/08/2010

14 pessoas

Homem Chora

“Davi e os seus homens vieram à cidade, e ei-la queimada, e suas mulheres, seus filhos e suas filhas eram levados cativos. Então, Davi e o povo que se achava com ele ergueram a voz e choraram, até não terem mais forças para chorar.” 1 Samuel 30:3-4


Eu cresci com meus pais dizendo “homem não chora”. Ainda eventualmente escuto isso, da boca de alguns que creem nisso com sinceridade, que o papel do homem é ser ‘machão’, não demonstrar fraqueza, não se expôr, não parecer que se emociona. Bobagem.
Não consigo pensar em um personagem guerreiro e conquistador mais eficiente na Bíblia do que Davi. Foi um rei conquistador, derrotou inúmeros inimigos, foi implacável com alguns. Se um sujeito com um perfil destes chora, eu e você estamos a salvo, podemos chorar com total liberdade.
Se o motivo for bom, meu irmão, chore e não tenha nenhuma dose de vergonha disso. E se acha que estou exagerando, lhe convido a conhecer a igreja onde congrego, especialmente num retiro de homens, onde a gente chora mais do que as mulheres. Se o motivo for bom, meu irmão, chore pra valer.
Leia o texto e veja o motivo de Davi e seus homens terem chorado até ficarem sem forças. Eu choro só de imaginar a cena, e eles a viveram. Deus nos fez com emoções, isso vem Dele. Não significa que devamos parar o que estamos fazendo para ficar chorando pelos cantos, seja um homem um ou uma mulher. Mas com certeza esconder seus sentimentos em nome de uma aparência durona que não condiz com o coração, é algo que não faz bem para a alma, em vez disso corrói o coração e gera mágoas.
Não se deixe levar por mentiras semeadas na sociedade para ridicularizar as pessoas. Demonstre seus sentimentos de forma autêntica, genuína, e seja você mesmo. Se não chora, ok não chore. Mas se quiser chorar, encontre um ombro e solte o rio que está em você, antes que ele afogue seu coração.



“Pai, em nome de Jesus eu quero expressar sentimentos verdadeiros, sejam para mais ou para menos, para bom ou para ruim. Ajuda-me a quebrar o preconceito e ter um coração cheio de emoções sadias.”

A Espada

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco.” João 18:10


Estou na fase de encontrar curiosidades nos textos bíblicos. De onde será que Pedro tirou aquela espada? O sujeito andava com Jesus, para que serviria uma espada? Se fosse Simão, o zelote, a gente poderia entender, mas Simão Pedro era pescador. Eu nunca vi ninguém pescando com espada.


Os historiadores divergem, apontam situações pitorescas e saídas culturalmente válidas para a época. Minha reflexão é mais básica: alguém ali tinha uma espada e não era Judas Iscariotes – claro, ele vinha com o outro grupo. Meu irmão, tem gente armada na sua igreja?


Talvez não literalmente armado com revólver ou faca, mas na minha tem gente armada sim. Tem gente armada com línguas afiadas que dilaceram corações, relacionamentos e a boa fama. Tem gente armada com uma aspereza de trato que consome os irmãos como se fosse lixa. Tem gente que vem armado com escudos e defesas impenetráveis e ninguém consegue aproximar-se. Tem gente que vem armado com um spray congelante que não tem adoração que derreta. Tem gente que vem para a igreja com uma arma terrível, nuclear, chamada espírito crítico – nada serve, nada é bom, ninguém acerta nada.


É uma mera ilustração, mas cortar a orelha de um soldado é algo relativamente trivial num contexto como este, como trivial é vermos um irmão falando mal de outro. Mas nem por isso não dói ou não sangra. Meu querido, entenda uma coisa: sempre dói mais em quem apanha do que em quem bate. Não vá armado para a igreja e nem pense em usar as armas dos outros. A única coisa que consigo imaginar pior do que um pessimista, é alguém que pegou o pessimismo do vizinho. Ou pior do que um reclamão, só os que reclamam por causa dos que estão reclamando.
Vamos nos desarmar? De quebra, Jesus não vai precisar ficar colando orelha cortada.

“Senhor, ajuda-me a ser mais inofensivo e menos armado. Como Pedro, quero me transformar em uma benção para todas as gerações. Ensina-me a ser assim.”

Ellen Cristina


Fone para contato:11-7389 1615
e-mail:producaoellencristina@gmail.com

NAMORO

Livro O Lar Adventista
Página Parágrafo Texto

51 7 Pessoas há que fizeram por algum tempo profissão de fé religiosa e que estão, para todos os intentos e desígnios, sem Deus e destituídas de sensibilidade de consciência. São vãs e frívolas; sua conversa é de baixo teor. O namoro e o



52 2 Os jovens se acham fascinados com a mania do namoro e do casamento. Domina o sentimentalismo amoroso. Grande vigilância e tato são necessários para preservar os jovens dessas errôneas influências. Testimonies, vol. 5, pág. 60.



53 5 Resultados do Namoro e Casamento Imprudentes



53 6 Podemos ver que a cada passo se nos deparam inúmeras dificuldades. A iniqüidade nutrida por jovens e idosos; os namoros e casamentos imprudentes, profanos, não podem deixar de dar em resultado disputas, contendas, desunião, condescendência com irrefreadas paixões, na infidelidade de maridos e esposas, na indisposição para refrear os desejos voluntariosos, desordenados, e na indiferença para com as coisas de interesse eterno. ...



55 1 Práticas Comuns de Namoro



55 2 Idéias Erradas de Namoro e Casamento



55 3 As idéias de namoro têm seu fundamento em idéias errôneas acerca do casamento. Seguem o impulso e a paixão cega. A corte é feita num espírito de flerte. As partes transgridem com freqüência as regras da modéstia e do recato e são culpadas de indiscrição, se é que não transgridem a lei de Deus. O elevado, nobre e sublime desígnio de Deus na instituição do casamento não é discernido; portanto as mais puras afeições do coração, os mais nobres traços de caráter não são desenvolvidos.



55 4 Nem uma palavra deve ser proferida, nem uma ação praticada, que não queirais que os santos anjos contemplem e registrem nos livros do alto. Deveis ter em vista unicamente a glória de Deus. O coração só deve ter afeição pura, santificada, digna dos seguidores de Jesus Cristo, exaltada em sua natureza, e mais celeste que terrena. Qualquer coisa diferente é aviltante, degradante no namoro; e o casamento não pode ser santo e honroso aos olhos de um Deus puro e santo, a menos que seja segundo os exaltados princípios bíblicos. Manuscrito 4a, 1885.



55 5 A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que ver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 105.



56 2 O hábito de ficarem acordados até tarde da noite é costume; porém isto não agrada a Deus, ainda que sejais ambos cristãos. Essas horas impróprias são prejudiciais à saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão, espero que tenhas suficiente respeito próprio para evitar essa forma de namoro. Se tiveres unicamente em vista a glória de Deus, teus passos serão dados com estudada cautela. Não permitirás que o sentimentalismo amoroso te cegue de tal maneira a visão que não possas discernir os elevados direitos de Deus sobre ti como cristão. Testimonies, vol. 3, págs. 44 e 45.



56 3 Os anjos de Satanás estão de vigia aos que passam grande parte da noite namorando. Fossem os seus olhos abertos, e veriam um anjo a fazer o relatório de suas palavras e atos. As leis da saúde e da modéstia são violadas. Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados. Mas em geral o casamento acaba com toda devoção manifestada durante os dias do noivado.



57 5 Maneiras Enganadoras no Namoro



58 2 "Não furtarás" (Êxo. 20:15), foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno de seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade. ...



58 3 Esta maneira desleal em que se levam avante namoros e casamentos é a causa de grande quantidade de miséria, cuja inteira extensão só Deus conhece. Nesse recife milhares sofreram o naufrágio da alma. Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensatos em todos os outros assuntos, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm o desejo de examinar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. Fundamentos da Educação Cristã, págs. 101-103.

Melhor Que o Tanque

“Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.” (João 5:7 )




Não tenho nada contra o tanque de Betesda. Ele representa o lugar da cura, da renovação, do conserto. Mas é preciso sempre lembrar que o tanque em si não fazia nada, tanto é que um anjo tinha de agitar as águas de tempos em tempos, sem o que a cura não acontecia. Assim igualmente em nossos dias, os lugares tem sido procurados por serem lugares de cura. É um monte para orar, é uma igreja para receber oração, é um ministério para ser abençoado. Tire as pessoas que carregam a bênção de Deus daquele lugar e o que sobra: tijolos, cimento, pedras, aço, vidros…



Como no tanque de Betesda, há solução melhor, tanto para as mazelas humanas do corpo como as da alma. Há algo melhor que o anjo que agita as águas, há algo mais eficiente e produtivo do que ficar ajoelhado esperando o agitar das águas para ver o que acontecerá. Há algo melhor do que a vida deste enfermo, que nunca conseguia alcançar a sua cura por que outros lhe ultrapassavam e não tinha ninguém por ele, que o fizesse entrar. Nem vou entrar no mérito de alguém ser deixado sozinho na beira do tanque.



O Senhor Jesus de Nazaré é mais do que o anjo do tanque de Betesda. Ele curou pessoas como este homem, ao pé de onde os milagres fluiam, mas também curou nos becos, nas casas e nas praças dos vilarejos. Ele curou este homem que depois de 38 anos persistia sem ser assitido, mas poderia ter feito isso em qualquer outro lugar.



Assim também é em nossos dias. Jesus continua curando perto ou longe dos atuais tanques de Betesda. Esta palavra significa “casa de misericórdia” e inspirou o nome de muitos hospitais. Mas nem sempre as pessoas afluem para a casa da misericórdia e sim para debaixo da bandeira do fulano de tal. É um belo desperdício, pois o dono de toda cura e de toda restauração é Jesus, disponível na minha e na sua vida. Eu posso ser seu tanque de Betesda. Você pode ser o meu. Não precisamos de anjo. Encare sua vida cristã, autorizada por Jesus, como um tanque móvel de Betesda e despeje misericórdia curadora por todas as partes.



“Senhor, eu quero mais do que ser obediente, quero ser ativo e produtivo. Dá-me a intrepidez necessária para alcançar os perdidos com as boas novas do Teu amor, trazendo Tua cura para as nações.”

Descendência

“E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho.” (Gênesis 4:17 ARA)




Interessante que ninguém questiona o fato de Caim ser amaldiçoado, é uma unanimidade, o texto não dá margem a outro entendimento. Mas leia os próximos 5 versículos e note uma curiosidade. Eu estava recentemente em Fortaleza em uma Conferência quando me chamaram a atenção sobre este ponto: a descendência de Caim fez as grandes obras registradas. Edificaram cidades, contruíram instrumentos, trabalharam os metais. Por quê?



Simplesmente por que a maldição de seus antepassados pode ser quebrada e não precisa necessariamente definir o seu destino. Não quero entrar aqui no aspecto da hereditariedade da maldição, mas apenas no aspecto prático: se os descendentes de Caim prosperaram e se multiplicaram, se eles puderam fazer coisas importantes e escrever a história – e quanto a nós? Pode algo nos impedir? Claro, sempre pode. Mas que não seja isso. Se Caim amaldiçoado e marcado encontrou uma esposa e se casou e teve filhos, por que motivo nós não podemos almejar constituir uma familia? Será que Caim vai nos deixar para trás?



Em síntese, devemos olhar em frente ao conduzir nossa vida em vitória por meio de Cristo Jesus. Não devemos nos apegar ao que nos contam ou nos impõe, mas sim ao que a Palavra de Deus, a Bíblia, nos promete. É a promessa Dele que conta, não a história de seus pais ou antepassados. Poder até ser que isso imponha algumas dificuldades, mas vá atrás da promessa para sua vida e não da deles.



Há uma eternidade para entender de Deus o que hoje é polêmico para nós ou de compreensão difícil. Mas o tempo de viver uma vida abundante e que vale a pena – começa aqui e agora. Não se intimide: posicione-se em Deus e siga em frente.



“Pai, obrigado por que eu posso viver uma vida plena e abundante Contigo sem que isso me constranja. Ensina-me a ter esta vida independente daquilo que atrapalhou os que vieram antes de mim.”